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XIX Festival Amazonas de Ópera apresenta a obra Médée

Encenada pela primeira vez em Manaus, nos dias 04, 06 e 08 de maio.

Por Aretha Lins, Secretaria de Estado de Cultura
segunda-feira, 2 de maio de 2016
 
 
 

XIX Festival Amazonas de Ópera apresenta a obra Médée
XIX Festival Amazonas de Ópera. / Neandro Luís/SECOM

Encenada pela primeira vez em Manaus, ópera conta história de traição, ódio e vingança nos dias 04, 06 e 08 de maio, no Teatro Amazonas.

 

Vingança, traição, ódio e dor, dignas de uma verdadeira tragédia grega, subirão ao palco do Teatro Amazonas no mês de maio. Como parte das programações do XIX Festival Amazonas de Ópera, a primeira obra a ser apresentada será Médée, de autoria do italiano Luigi Cherubini e livreto do francês François Benoît-Hoffmann.

 

A ópera conta a história de Medéia, esposa de Jasão, comandante dos Argonautas, anos depois da famosa expedição do Velocino de Ouro, relatada em A Argonautica, de Apolônio de Rodes. Na história escrita por Eurípedes e musicada por Cherubini, Medéia fica furiosa após a decisão de Jasão deixá-la para se casar com Glauce, filha do rei Creonte de Corinto. Para causar dor a Jasão, Medéia decide matar Glauce, Creonte, e ainda os seus dois filhos com Jasão.

 

Apresentada pela primeira vez há mais de 200 anos, em 13 de março de 1797, no Teatro Feydeau, em Paris, a versão original e integral em francês será executada no Teatro Amazonas nos dias 04, 06 e 08 de maio, executado pelo Balé Experimental do Corpo de Dança do Amazonas, Coral do Amazonas e Amazonas Filarmônica, contando ainda com os solos de Isabelle Sabrié, Enrique Bravo, Gianluca Lentini, Dhijana Nobre, Luisa Francesconi, Carol Martins, Thalita Azevedo, Rafael Lima, e as crianças Valentina Andrade e Kayo Duarte, sob a regência de Marcelo de Jesus.

 

A montagem ainda conta com a direção cênica de André Heller-Lopes, construção de cenários por Marcos Apolo Muniz, direção de figurinos de Fábio Namatame e direção de iluminação de Fábio Retti, com coreografia de Monique Andrade.

 

Para o governador do Amazonas, José Melo, a apresentação de Médée é fruto de uma semente plantada ainda no primeiro Festival de Ópera, em 1997. “Quando realizamos o primeiro festival, ainda como Festival de Manaus, o Amazonas decidiu investir na educação e na cultura, com a formação de músicos para realizarem obras grandiosas, dignas do nosso Estado. Com Médée não é diferente, e temos certeza que será mais uma obra executada com o maior esplendor pelos músicos da nossa terra”, ressalta.

 


Na visão do secretário de Estado de Cultura, Robério Braga, encenar peças que retratem a vingança e a tragédia é importante, porque elas também compõem a boa música. “Desde a sua estreia, Médée tem tido uma boa recepção pelo público, sendo dotada de um nível técnico extremamente alto. Essa ópera nos ensina que a arte, além de ser formada pelos bons sentimentos, também é formada pelos maus”, afirma.

 

O diretor artístico do XIX Festival Amazonas de Ópera, maestro Luiz Fernando Malheiro, salienta que a apresentação de Médée no festival foi escolhida justamente pelo seu nível técnico. “Pouquíssimas sopranos conseguiram interpretar o papel principal, como Maria Callas. Quando escolhemos essa ópera para ser a primeira do Festival, abraçamos o desafio e tenho certeza que vamos conseguir executá-la com perfeição”, declara.

 

Preparação instrumental


Na execução de cada peça apresentada, a proposta do Festival é mostrar a obra sempre na versão original. Com esta obra, não será diferente. A apresentação de Médée misturará a versão francesa, original e sem cortes; e a versão italiana, com os recitativos traduzidos para o francês e cantados.

“Nós pedimos à Isabelle Sabrié, que fará o papel de Médée, que fizesse a tradução dos recitativos do italiano para o francês. Será a primeira vez no Brasil que as duas versões estarão unidas, e teremos o prazer de fazer isso. Vai ser a versão Manaus”, declara o maestro Marcelo de Jesus, que executará a regência da obra.

Todos os dias, a Amazonas Filarmônica chega ao Teatro Amazonas para os ensaios da ópera. No local, ao sinal da batuta do maestro, os instrumentos produzem magníficos e expressivos sons que transitam entre dois períodos específicos da história da música: o Classicismo e o Romantismo.

“A dificuldade de Médée é pelo seu caráter. Não é uma obra romântica, mas também não é uma obra clássica. Existem vezes em que ela mesma toma outro caminho que não tem nada a ver com o Classicismo ou o Romantismo. Essa transição é muito difícil de se fazer. Pode se tornar algo chato, e é preciso tomar cuidado com a forma de execução. Só se encontra o caráter dessa obra a partir do seu libreto”, afirma Marcelo de Jesus.

Outra intenção de Médée no XIX Festival Amazonas de Ópera, segundo Marcelo de Jesus, é trazer a ópera de modo que a população possa entender e fazer uma reflexão própria. “Não será apenas deixar uma estátua grega imóvel, cantando, sem que o público entenda a construção da obra. A intenção é trazer uma reflexão sobre a sua própria moral, ética e valores”, ressalta.

Preparação vocal


A preparação vocal do Coral do Amazonas foi dividida entre os maestros Zacarias Fernandes e Hermes Coelho, respectivamente, regente titular e regente assistente do Coral. “Naturalmente, há uma dificuldade com o texto, uma vez que o texto em francês não é muito comum. Estamos mais habituados a um repertório italiano, e mesmo de compositores de outras nacionalidades, mas com o texto em italiano, a língua oficial da ópera”, conta Zacarias.

 

“O resultado tem sido muito surpreendente! A sonoridade é peculiar, uma vez que é o modo francês de fazer música. Apesar de Luigi Cherubini ser italiano, ele se mudou para Paris, fez carreira lá e conseguiu se infiltrar e imergir na cultura francesa”, afirma o maestro.

 

Para Fernandes, toda e qualquer ópera que se prepara tem a dificuldade da maturação da peça. “No primeiro contato que se tem com a ópera, você entende a ideia e tenta vivenciá-la, como um ator que tem o contato com a sua personagem. Aparentemente, ficamos pensando se vamos conseguir. Sabemos que vamos, mas num primeiro momento, fica a dúvida do desafio, até que a obra faça parte da gente”, ressalta.

 

Na visão do maestro Zacarias, apresentar Médée é novidade para todos. “Mesmo com todas as óperas que nós temos de repertório, todas muito conhecidas do público, tudo é novidade. É de nosso interesse mostrar para o público amazonense e também de todo o Brasil obras consagradas internacionalmente e pouco conhecidas no país”, finaliza o regente do coro.

 

Programação do Festival

Médée, de Luigi Cherubini, será apresentada no dia 04 de maio, a partir das 20h, com reapresentações nos dias 06, a partir das 20h, e no dia 08, a partir das 19h. Também no dia 08, em homenagem ao Dia das Mães, a Orquestra de Violões do Amazonas executa o espetáculo Ópera Bem Temperada, sob a regência do maestro Davi Nunes.

No dia 05 de fevereiro, a orquestra Original Strauss Capelle Wien, da Áustria, em turnê pelos estados do Norte e do Nordeste do Brasil, apresenta o espetáculo Sinfonia Solidária, onde toda a renda arrecadada por meio da venda dos ingressos será destinada ao Grupo de Apoio a Crianças com Câncer, de Manaus.

No Festival, acontecem os Concertos Bradesco, onde serão apresentadas obras como Messa da Requiem, de Giuseppe Verdi; Guia Orquestral para Jovens, de Benjamin Britten; e Pedro e o Lobo, de Sergei Prokofiev. O Festival também comemorará os 400 anos da morte dos escritores William Shakespeare, autor do clássico Romeu e Julieta, e Miguel de Cervantes, autor de Dom Quixote, com os concertos Cervantes e Shakespeare in Love.

Durante o Festival, serão apresentadas obras em parceria com a Universidade do Estado do Amazonas, como Don Giovanni, de Wolfgang Amadeus Mozart; e concertos especiais com voz e piano. Também durante o evento, o Corpo de Dança do Amazonas apresenta o espetáculo CASARdá? no estilo Work in Progress, com direção artística de Getúlio Lima e coreografia de Alex Soares.


O Festival também apresenta a ópera Adriana Lecouvreur, de Francesco Cilèa, em parceria com o Theatro de São Pedro, em São Paulo, executada pelo Coral do Amazonas e Amazonas Filarmônica, sob a regência de Luiz Fernando Malheiro e solos de Daniella Carvalho, Denise de Freitas, Gustavo Lassen, Johnny França, Juremir Vieira, Daniel Umbelino, Carol Martins, Thalita Azevedo, Fabiano Cardoso, Rafael Lima e Joubert Coelho. As apresentações de Adriana Lecouvreur acontecem nos dias 27 de maio (20h), 29 de maio (19h) e 31 de maio (20h), no Teatro Amazonas.

O XIX Festival Amazonas de Ópera acontece entre os dias 01 e 31 de maio, com apresentações no Teatro Amazonas, Teatro da Instalação e no Centro Cultural Palácio da Justiça. O Festival também conta com uma programação acadêmica de palestras e cursos com profissionais renomados da ópera brasileira, como André Heller-Lopes, Daniella Carvalho e Fábio Namatame.

 

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