Espetáculo ‘Arquitetura do Corpo’, com o Corpo de Dança do Amazonas, tem reapresentações no Teatro Amazonas
Concebido pelo coreógrafo carioca Josias Galindo, residente na França, o espetáculo leva o público a refletir sobre o nu e a função da vestimenta, por meio da dança, no Teatro Amazonas.
O significado social da roupa, o nu, e as inquietudes que podem causar no ser humano voltam a ocupar espaço no palco do Teatro Amazonas, com a reapresentação do espetáculo de dança Arquitetura do Corpo, nos dias 13 e 15 de setembro, às 20h, no Teatro Amazonas, com entrada franca, com o Corpo de Dança do Amazonas. O espetáculo é uma realização do Governo do Amazonas, via Secretaria de Estado de Cultura e conta com direção artística de Getúlio Lima e coreografia do bailarino Josias Galindo.
Com estreia realizada na abertura do Festival Mova-se: Solos, Duos e Trios, Arquitetura do Corpo, instiga sobre a identidade, morfologia, volume e cor da roupa que veste ou cobre o corpo. O corpo é a temática da montagem, que o revela como morada da alma, espelho do “eu”.
Getúlio Lima, que também é diretor do Corpo de Dança do Amazonas, afirma que a concepção do espetáculo é baseada na obra da colunista da revista Carta Capital, Aline Valek, e busca essa reflexão sobre pudores, dogmas e crenças. “Objetos que dominam, predominam no que quer esconder ou aparentar. Qual o significado dessa "carapaça" para nós? A roupa, o que ela representa? Qual o significado para o outro? Como eu sou? Como você me vê? O corpo vestido, tranquiliza. Um corpo nu torna-se vulnerável, assombrando com sua presença, constrangendo olhares”.
Josias Galindo, renomado coreógrafo do espetáculo, explica que são 50 minutos de apresentação trabalhados para aguçar a criticidade do espectador quanto às diferentes interpretações que a expressão do corpo humano, através da roupa, identidade, composição morfológica, nudez, pode despertar em si mesmo e no outro. “A vestimenta é um classificador social? Como a forma que me coloco no mundo está sendo interpretada?”, indaga.
A assistência de direção é de Branco Souza, e a coreografia é assinada por Josias Galindo, com assistência de Adriana Goes e André Duarte. A produção é do Casarão de Idéias, e o design de som é de Marcos Tubarão. A iluminação é de Diego Monnzaho, e o figurino é de Branco Souza e Maria Martins. Os intérpretes criadores do projeto são Adriana Goes, Ângela Duarte, Baldoíno Leite, Guilherme Moraes, Helen Rojas, Liene Neves, Mariluce Lima, Nonato Melo, Pammela Fernandes, Rodrigo Vieira, Rosi Rosa, Sumaia Farias, Valdo Malaq, Vanessa Viana e Wellington Marques.
A trilha sonora do espetáculo, também concebida por Josias Galindo tem Bach Preludio M1, de Marco Antônio Guimarães; Locomotion, do álbum Consumed, do DJ Plastikman; World to Comme 1 e 2, de David Lang, na interpretação de Maya Beiser ao violoncelo; Mind Encode, também de Plastikman; O Let Me Weep, de Henry Purcell; e Just (After the songs of songs), também de David Lang.
Josias Galindo – Nascido na cidade do Rio de Janeiro, Josias Torres Galindo é coreógrafo, tendo começado a fazer teatro experimental com autores brasileiros e portugueses. Estudou Formação Clássica em Dança com Vilner David e Tatiana Leskova, no Conservatório Nacional do Rio de Janeiro. Foi bailarino do Teatro Municipal de Niterói e do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, além de solista no Ballet der Stadtishen Buhnen Hagen, na Alemanha. Em 1990, mudou-se para Nantes, na França, onde criou a Compagnie Galindo, sua companhia de dança.
Corpo de Dança do Amazonas – Criado em 1998 para compor os corpos artísticos do Teatro Amazonas, o CDA tem a missão de contribuir e proporcionar o enriquecimento no plano da difusão cultural, com uma programação que visa a formação de um público crítico. Sua programação artística contém um repertório diverso, que abrange os múltiplos aspectos da dança contemporânea brasileira. Para isso tem realizado criações com a colaboração de artistas convidados do Brasil e exterior.
Serviço: Espetáculo Arquitetura do Corpo, com o Corpo de Dança do Amazonas
Local: Teatro Amazonas, avenida Eduardo Ribeiro, 659, Centro
Data/hora: Quarta-feira, 13 de setembro de 2017, 20h
Entrada: Franca
Classificação indicativa: 16 anos.
Informações: (92) 3232-1768