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Esponjas de cozinha podem ajudar no combate a bactérias resistentes
Uma esponja de cozinha é exposta a todos os tipos de micróbios. diferentes Por Lucas Lamounier, segunda-feira, 8 de julho de 2019
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Nova York (NYIT) descobriram bacteriófagos, vírus que infectam bactérias, vivendo em esponjas de cozinha. À medida que aumenta a ameaça da resistência aos antibióticos, os bacteriófagos, ou fagos, podem ser úteis no combate a bactérias que não podem ser mortas apenas por antibióticos. A pesquisa foi apresentada na ASM Microbe, a reunião anual da American Society for Microbiology (Sociedade Americana de Microbiologia), nos Estados Unidos. Uma esponja de cozinha é exposta a todos os tipos de micróbios diferentes que formam um vasto microbioma de bactérias. Os fagos são as partículas biológicas mais abundantes no planeta e são encontrados normalmente onde as bactérias residem. Sabendo disso, as esponjas de cozinha pareciam seriam um excelente local para localizá-los. Um grupo de pesquisadores isolou bactérias de suas próprias esponjas de cozinha usadas e usaram as bactérias como iscas para encontrar fagos que poderiam atacá-las. Dois pesquisadores descobriram, com sucesso, fagos que infectam bactérias que viviam em suas esponjas de cozinha. Os pesquisadores decidiram então "trocar" esses dois fagos e ver se poderiam infectar a bactéria do outro pesquisador. E neste novo cenário, os fagos mataram as bactérias do outro. Os pesquisadores compararam então o DNA de ambas as bactérias e descobriram que as duas eram membros da família Enterobacteriaceae. Essas bactérias pertencem a um grupo de micróbios em forma de bastão comumente encontrados nas fezes, e algumas são as responsáveis por causar infecções em ambientes hospitalares. Embora as bactérias estejam intimamente relacionadas, ao realizar testes bioquímicos, os pesquisadores encontraram variações químicas entre elas. Essas diferenças são importantes para entender a variedade de bactérias que um fago pode infectar, o que também é fundamental para determinar sua capacidade de tratar infecções específicas resistentes a antibióticos. Agora, os pesquisadores esperam isolar e caracterizar mais fagos que possam infectar bactérias de uma variedade de ecossistemas microbianos, onde alguns destes fagos podem ser usados para tratar infecções bacterianas resistentes a antibióticos. Esponjas de cozinha contém mais bactérias que o assento do vaso sanitário Enquantos muitos acreditam que o item com mais bactérias na casa seja o assento do vaso sanitário, o culpado mais perigoso é, na verdade, um item doméstico que parece muito mais inocente. Um estudo publicado por uma equipe de pesquisadores alemães revelou que a área com mais de bactérias nas casas é a esponja de cozinha. Em um estudo abrangente de 14 esponjas domésticas e seus habitantes microbianos, os resultados mostraram que o material com o qual a louça é lavada todos os dias, coloniza cerca de 54 bilhões de células bacterianas. Esponjas de cozinha provaram ser o melhor local ideal para micróbios por causa de seu ambiente nutritivo, quente e úmido, juntamente com os alimentos que são colocados em suas superfícies. A natureza porosa das esponjas de cozinha e sua capacidade de absorção de líquidos as torna o espaço de armazenamento ideal para pequenos organismos vivos. Algumas dicas para evitar a colonização de bactérias são: trocar a esponja com uma frequência de duas semanas, sempre tentar deixá-la o mais seca possível depois do uso e usar um detergente antibacteriano para lavar a louça, já que eles foram desenvolvidos especialmente para combater as bactérias. (Fonte: https://www.magodecasa.com.br).
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