O acesso ao crédito está mudando para quem tem carteira assinada. A partir de maio de 2025, trabalhadores CLT poderão fazer a Portabilidade de consignado CLT, transferindo seu contrato para outro banco que ofereça melhores condições.

Essa novidade faz parte do programa Crédito do Trabalhador e promete tornar o crédito mais justo, permitindo taxas menores e parcelas mais acessíveis. Ainda assim, é importante entender como essa mudança funciona e quando vale a pena considerar a troca.

Continue lendo e descubra tudo o que você precisa saber antes de decidir pela portabilidade.

O que é a portabilidade de consignado CLT?

A Portabilidade de consignado CLT é a opção de transferir um empréstimo ativo de uma instituição financeira para outra, com o objetivo de melhorar as condições do contrato — seja reduzindo as taxas de juros, ajustando o valor das parcelas ou prolongando o prazo de pagamento.

Esse processo é possível porque o empréstimo consignado CLT tem como característica principal o desconto das parcelas diretamente na folha de pagamento.

Isso dá mais segurança à operação e permite a portabilidade, uma prática já comum em outros tipos de crédito, como o consignado para aposentados e servidores.

Com a nova regulamentação, o trabalhador CLT passa a ter mais autonomia para buscar condições que se adequem melhor ao seu orçamento e momento financeiro.

Isso também aumenta a competitividade entre os bancos, o que pode resultar em ofertas mais vantajosas para o consumidor.


Por que considerar a portabilidade do seu empréstimo?

Trocar de banco nem sempre parece uma decisão simples, mas quando se trata de crédito, pode fazer toda a diferença.

A portabilidade existe justamente para dar ao trabalhador a chance de melhorar suas condições sem precisar quitar o contrato atual do zero.

Entre os principais motivos para considerar a portabilidade estão:

• Redução de taxa de juros
• Parcelas mensais mais acessíveis
• Prazos de pagamento mais flexíveis

Se você contratou um empréstimo recentemente e sente que as parcelas estão pesando ou que o contrato não foi a melhor escolha, vale avaliar se uma nova proposta pode trazer alívio financeiro.

Além disso, a possibilidade de negociar com outras instituições pode abrir espaço para um crédito mais alinhado com suas metas e realidade atual.

No entanto, é importante ter atenção: nem sempre trocar vale a pena, principalmente se a nova oferta tiver taxas escondidas ou condições que, na prática, aumentam o valor final da dívida.


O que avaliar antes de fazer a mudança?

Antes de iniciar a solicitação de portabilidade, é essencial analisar com calma se a troca realmente traz vantagens.

Isso porque, apesar de parecer uma boa ideia de imediato, a nova proposta pode não ser tão vantajosa quando todos os custos são colocados na ponta do lápis.

Alguns pontos importantes para observar:

• Taxa de juros oferecida pela nova instituição: deve ser inferior à atual
• Custo Efetivo Total (CET): representa o valor real da dívida, com todos os encargos incluídos
• Condições de pagamento: número de parcelas, valor mensal e possibilidade de renegociação
• Troco na troca: em alguns casos, o refinanciamento do saldo permite a liberação de um valor extra, o que pode ser útil para quitar outras dívidas ou aliviar o orçamento

Além disso, certifique-se de que a nova instituição é confiável e de que você terá suporte adequado durante o processo. Compare propostas com atenção e desconfie de ofertas que parecem boas demais para ser verdade.

A ideia da portabilidade é justamente facilitar o acesso a condições mais justas — e isso só será possível com uma análise consciente.


Quando a portabilidade pode valer a pena?

Muitas pessoas se perguntam se vale mesmo a pena transferir seu contrato para outra instituição. E a resposta é: depende do seu momento financeiro e da proposta recebida.

A portabilidade costuma valer a pena nos seguintes casos:

• Você contratou com pressa e não comparou as taxas no momento da contratação
• Recebeu uma proposta com taxa de juros menor e valor de parcela reduzido
• Precisa reorganizar o orçamento e alongar o prazo de pagamento
• Não está satisfeito com o atendimento da instituição atual

Mas atenção: trocar uma dívida cara por outra ainda mais longa, com um custo final maior, pode piorar a sua situação. Por isso, o ideal é fazer a troca apenas quando ela oferecer uma melhoria real nas condições.

Caso contrário, pode ser melhor aguardar a amortização natural do contrato atual ou buscar outras estratégias de reorganização financeira.

Ficar atento às oportunidades e agir com responsabilidade pode ser o diferencial entre um crédito que ajuda e uma dívida que atrapalha.